Cirurgia do Quadril

A articulação do quadril para seu funcionamento pleno, dever ser revestida por cartilagem em suas duas superfícies: cabeça femoral e cavidade acetabular. Ao longo da vida, algumas situações podem levar a um quadro degenerativo da cartilagem e um consequente desenvolvimento da artrose no quadril.

Durante a infância quadros como displasia do desenvolvimento do quadril, PIOARTRITE (infecção articular), doença de legg-calve-perthes, epifisiolistese levam a uma disfunção da articulação e aumentam a chance de desenvolver uma artrose na vida adulta. Alguns outros fatores como osteonecrose da cabeça do fêmur e sequela de fratura de acetábulo ou de fêmur, podem ocorrer durante a vida e também favorecer a um desgaste antecipado dessa articulação.

Os primeiros sintomas, geralmente, se apresentam com dor ao sentar e levantar de cadeira, subir e descer escadas e até caminhar, em alguns casos. Em quadros mais avançados, o paciente pode apresentar dificuldades em atividades simples como calcar e descalçar meias e sapatos ou cortar as unhas do pé.

O tratamento dever ser individualizado e correlacionado com o estado da doença que o paciente se encontra, sempre tendo em vista o bem-estar e qualidade de vida do paciente.

O impacto femoroacetabular é uma patologia que ocorre quando há uma alteração na arquitetura óssea do acetábulo e/ou do fêmur, levando a colisão dessas estruturas em alguns movimentos específicos do quadril.

Com o impacto repetido entre esses dois ossos, pode ocorrer a lesão de estruturas que permeiam a articulação do quadril, principalmente, o labrum acetabular.

O principal sintoma nesses casos é a dor que pode se manifestar em atividades usuais do dia-a-dia, como entrar e sair do carro, ou, durante a pratica esportiva, nos movimentos que envolvem rotação e flexão do quadril acometido.

Apesar de ser uma entidade nova no hall de patologias do quadril, tem se avançado muito na compreensão das formas de impacto e, principalmente, no tratamento. Em casos iniciais, institui-se um tratamento baseado em fisioterapia e mudanças das atividades que exacerbam esse conflito ósseo.

Na falha desse tratamento inicial, existe possibilidade de correção destas deformidades e das lesões secundárias por meio de uma técnica minimante invasiva (artroscopica) e, também, de uma via cirúrgica tradicional em casos específicos.